Técnica semelhante já é utilizada no Brasil para produzir moldes para próteses, e beneficiou mais de 3 mil pacientes do sistema público de saúde desde 2008. Agora, Vladmir Mironov dá os primeiros passos para imprimir tecido vivo, e compartilha essa experiência no II Encontro Internacional de Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa Os cientistas acreditam que até 2030 será possível imprimir órgãos complexos, como rim e coração, em impressoras 3D. Em menos de uma década, estruturas simples feitas de cartilagem, como orelhas ou meniscos, serão impressas em uma máquina 3D e implantadas no corpo do paciente. Vladimir Mironov, professor da Escola Médica da Carolina do Sul, nos Estados Unidos é um dos pesquisadores que trabalha para tornar esse sonho realidade. Atualmente, Mironov dá os primeiros passos na tecnologia da bioimpressão, uma fantástica forma de criar tecido vivo, feito de células, utilizando uma impressora. Mas, em seus planos, ele inclui ainda desenvolver um braço robótico para curar feridas com jatos de tinta viva, e criar uma forma de eliminar a calvície imprimindo cabelo diretamente na pele. Com quase duas décadas de experiência, o pesquisador é um dos pioneiros no mundo na técnica de bioimpressão. O professor, capa da revista Info Exame deste mês, é um dos palestrantes do II Encontro Internacional de Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, que ocorre na Universidade Federal do Rio Grande do Sul entre os dias 27 e 30 de novembro. O evento reúne os maiores especialistas do mundo na área, e discute os mais recentes avanços em terapias com células-tronco e diagnósticos médicos. A programação completa está no http://celulastroncors.org.br. Inscrições abertas. Tratamento de hemofilia Valder Arruda, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi responsável pelos primeiros testes no mundo de terapia gênica em pacientes. Com seu estudo, ele conseguiu curar a hemofilia B em cobaias; e em humanos, reduzir drasticamente o número de sangramentos em virtude da doença, melhorando a qualidade de vida dessas pessoas. Trabalhando há 20 anos na universidade norte-americana, o brasileiro é presidente da Sociedade Americana de Terapia Gênica e Celular, organização médica e científica composta por cientistas que se dedicam a buscar a cura para doenças a partir do emprego de técnicas celulares e genéticas. Arruda também participa do encontro em Porto Alegre e comenta as recentes descobertas na área. Terapia gênica e terapia celular Na terapia gênica, o tratamento é baseado na introdução de genes sadios com uso de técnicas de DNA recombinante. No caso de enfermidades genéticas, nas quais um gene está defeituoso ou ausente, consiste em transferir a versão funcional do gene para o organismo portador da doença, de modo a reparar o defeito. É utilizada mais comumente para tratar câncer. Já na terapia celular, empregam-se células inteiras para tratar uma doença, com base nas propriedades regenerativas de células-tronco, por exemplo. Esta última não envolve necessariamente modificação genética, mas aquela é baseada fundamentalmente na introdução ou modificação de genes para promover a cura ou o tratamento. A maior aplicação da terapia celular hoje em dia consiste no uso de células do sangue para o tratamento de leucemias e linfomas (transplante de medula óssea, de células-tronco do sangue ou de células-tronco do sangue do cordão umbilical). Assista entrevista com Vladimir Mirodov: O QUE: 2º Encontro Internacional de Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa QUANDO: de 27 a 30 de novembro de 2013 ONDE: UFRGS Porto Alegre/RS. As palestras ocorrem no Salão de Atos (Av. Paulo Gama, 110). Workshop e cursos, na Faculdade de Farmácia (Av. Ipiranga, 2752) INSCRIÇÕES: http://celulastroncors.org.br/encontro INFORMAÇÕES: 51 3308.5370 ou administracao@celulastroncors.org.br. Haverá tradução simultânea.]]>